A Netflix apresenta uma emocionante adaptação em anime de “Pluto”, o reverenciado trabalho de Naoki Urasawa que presta homenagem ao lendário Osamu Tezuka, conhecido como o “deus do mangá”. Oito volumes do mangá trouxeram uma perspectiva contemporânea e policial à obra-prima de Tezuka, Astro Boy, reinventando o universo onde humanos e robôs coexistem.
Na trama, uma série de assassinatos atinge cientistas e os sete robôs mais avançados do mundo, desencadeando uma intensa investigação da Europol. O detetive-robô Gesicht lidera a busca pela verdade por trás desses massacres, enquanto outros super-robôs, incluindo Epsilon e Atom (Astro Boy), desempenham papéis cruciais na narrativa.
A força de “Pluto” reside na habilidade de Urasawa em criar uma obra de equipe funcional, destacando a importância de cada personagem na construção da história. Apesar de Astro Boy ser o personagem central, a trama se desdobra com a participação significativa de outros, tornando cada um essencial para o desenvolvimento da história.
A relação entre humanos e robôs, todos controlados por inteligência artificial, adiciona uma camada emocional única à trama. A constante observação e imitação de emoções humanas pelas máquinas avançadas alimenta a evolução desses personagens em um enredo que se desenrola em poucos dias.
Além de mergulhar no universo de Tezuka, o anime aborda questões contemporâneas sobre o uso de inteligência artificial. A discussão sobre a criação artística por IA é explorada de maneira envolvente, destacando a conexão afetiva entre um maestro cego e aposentado e um robô que deseja compor música.
“Pluto” mistura a nostalgia de um clássico de Tezuka com a modernidade e suspense característicos de Urasawa. Dirigido por Toshio Kawaguchi, o anime promete ser um dos maiores lançamentos de sua época, capturando a essência do deus do mangá e proporcionando uma experiência contemplativa, instigante e encantadora para os espectadores.